terça-feira, 11 de maio de 2010

ZZW Draft

Boas

Só muito recentemente é que decidi aventurar-me no Magic Online (MTGO/MODO), em primeiro lugar porque no fim de semana passado não houve nenhum regional ou torneio de Standard que servisse como preparação para os regionais (ou de preparação para os nacionais, no caso daqueles já qualificados) e em segundo lugar porque calhou numa daquelas raríssimas ocasiões nas quais eu não me encontro em problemas financeiros imediatos (claro que agora já me encontro em problemas financeiros devido ao MTGO, xP).

O MTGO é um mundo dentro de um mundo, ainda demorei algum tempo a perceber como aquilo funcionava (ainda hoje não percebo muito), mas, após falar com pessoal já experiente nesta plataforma e compreender que, tal como é preciso sofrer na vida real para completar um deck de constrído, também ali seria preciso muitas trocas e muitas negociações para jogar 1 savage lands ou 1 celestial colonnade e passar o turno, voltei-me para os 8-man drafts.

Draftar no MTGO é bastante simples e espantosamente semelhante à vida real...excepto num facto, só amnhã (quarta-feira) é que Rise of Eldrazi está disponível para draftar, pelo que, uma vez que ZZW draft é um formato que vai estar também presente nos nacionais, comprei 2 boosters de Zendikar, 1 booster Worldwake e 2 tixs e entrei num draft 4-3-2-2 (um formato no qual quem perde o 1º jogo é eliminado, o 3º e o 4 classificado ganham sempre dois boosters, o 2º três boosters e o 1º quatro.)

No meu primeiro draft acabei por fazer um deck Gw bastante consistente, após um first pick de Sheperd of the Lost, um par de Kor Hookmasters no segundo pack e, ao ver o verde completamente aberto no terceiro pack, consegui pickar Wolfbriar elemental, Bestial Menace e Leatherback Baloth, acabando por fazer segundo lugar ao perder para um deck BR na final, demasiado rápido e eficaz para as minhas bombas mostrarem o porquê de serem bombas...

Após mais uma dezena de drafts, pretendo partilhar convosco algumas ideias a que cheguei:

- Preto é a cor mais favorecida, o que não é novidade para ninguém, o que, todavia, é uma novidade, é o facto de, com a adição de Worldwake, preto conseguir suportar facilmente 3 drafters, desde que apenas 1 ou nenhum o tenha como main color...não tenham medo de draftar preto...

- Green continua a ser a cor mais underdrafted, embora, por vezes, haja alguém a forçar o monogreen, sendo por isso uma boa aposta, principalmente com o terceiro pack, onde podemos encontrar o Omnath, o Wolfbriar, a Bestial Menace, o Baloth...em conjunto com o Arbor Elf, que não são difíceis de arranjar nos late picks...

- Os arquetipos com os quais tive mais sucesso até agora foram UG e BR. UG porque, como já referi, green é a cor mais underdrafted e o azul deve ser a segunda mais underdrafted, pois ninguém a força e estas duas cores, históricamente, sempre gozaram de bastante sucesso, sucesso este que, neste caso, advém da mecânica de Landfall, que beneficiou estas duas cores mais do que a todas as outras. A estratégia neste tipo de arquetipo não é difícil de compreender, no early game é necessário ter uma criatura do género de Nissa's Chosen ou Snapping Creeper a conter o ground, enquanto reduzimos-lhes os pontos de vida pelo ar com Welkin Terns e Umara Raptors, para mais tarde irmos lá também pelo chão, com a preciosa ajuda de Territoria Baloths e Baloth Woodcrashers...algo que me têm espantado é o quão late tenho pickado Aether Tradewinds no terceiro pack...a carta, até agora tem sido fantástica, adequando-se perfeitamente nesta estratégia. BR, por sua vez, é uma color combination que raramente está disponível, mas quando está é a estratégia que mais recompensa. O formato é tão rápido que a combinação de removal e burn aliada ao enorme número de 2-drops que facilmente pickamos ao longo do draft tornam este deck aquele que terá a maior probabilidade de ganhar o draft.

-Se tiverem a oportunidade de fazer um deck monocolor e não acharem que o mesmo irá ficar underpowered, então devem fazê-lo (monoblue poderá ser a excepção, nunca experimentei nem nunca ouvi histórias de sucesso relativas a este arquetipo.)

- BW é uma combinação de cores bastante poderosa, mas os custos intensivos das melhores cartas (gatekeeper of malakir, conquerer's pledege) prejudicam o seu desempenho, BR é a melhor aposta, se disponível, BG é sólido, mas falta rapidez, BU costuma ser demasiado lento, mas resulta se tivermos pickado uma bomba como a Sphinx of Jwar Isle ou um Sorin.
GW é também ele sólido, mas a falta de evasão pode ser prejudicial, GR é uma boa aposta, embora também lhe falta evasão, tem burn e bichos agressivos para o compensar, UG já mencionei acima. RW é possivelmente a melhor combinação de cores a seguir a BR, pois contêm bichos agressivos, burn e aproveita muito bém a mecânica do landfall (Steppe Lynx, Plated Geopede), UR é o deck mais midrange de todos estes, podendo ter draws agressivos que rapidamente vencem o oponente mas podendo também assumir o papel de control deck e confiar no burn, nos counters e nas bombas para sair vitorioso. Por fim, UW é sem dúvida, um deck de controlo, apoiando-se nas barreiras (Makindi Shieldmate, Perimiter Captain principalmente) para conter o chão, ganhando nos céus com Umara Raptors e Windrider Eels...o único deck que não experimentei foi Allies, que acredito seja sólido ou até mesmo superior à média, mas não acredito que tricolor decks sejam uma boa aposta num ambiente de draft tão rápido quanto este e penso que o potencial de Allies só pode ser realmente aproveitado num deck com mais de duas cores...


André Mateus...

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