Antes de mais, gostava de me voltar a apresentar, o meu nome é André Mateus, muitos de vocês conhecem-me por Boggle, outros conhecem-me por Sapoman no Magictuga, onde escrevi um report sobre a minha qualificação para o nacional (http://www.magictuga.com/topico.asp?topico=88526) e outros nao me conheceram certamente, mas hoje venho explicar porque considero RB Deck Wins a escolha acertada para os regionais mais próximos, sendo que a razão desta escolha resulta, maioritariamente, de 2 factores.
O ambiente que se está a formar.
UW control versions estão a dominar por completo os PTQ's online no MTGO e RB tem, reconhecidamente, um matchup bastante sólido contra este género de decks. O facto de UW estar também a abandonar o antigo sideboard plan com Kor firewalkers, preenchendo essas slots com techs para o mirror também grandemente beneficia esta nossa escolha.
Há que referir também, incontornavelmente, Jund, o "boogeyman" de T2 que, apesar de ser um deck incrívelmente sinergístico, onde praticamente todas as cartas produzem um 2x1 a favor do piloto de Jund, na maior parte das vezes, não consegue acompanhar a rapidez e agressividade dos draws de RB, o que torna o deck RGB um matchup marginalmente a nosso favor.
Ora, um deck que tem matchups favoráveis contra os dois melhores e mais jogados decks do metagame parece-me, indubitavelmente, uma forte opção a considerar, mesmo até se perdesse para todos os outros non-Jund, non-UW control, o que não é o caso.
O lançamento de Rise of the Eldrazi, subtilmente, contríbui também para concluir RB como um poderoso se não o melhor candidato a ser a "right pick", pois se existe algo do qual podemos ter a certeza, é de que existirá sempre alguém com o rogue spirit e a rogue will de tentar inventar um novo arquétipo (seja ele Polymorph, Summoning Trap, Eldrazi Ramp...) com a mais recente cardpool e, enquanto esse alguém está ocupado a fortalecer a manabase ou a ver e a organizar as cartas no topo do deck, nós iremos estar a reduzir-lhe os pontos de vida até 0, com um sorriso nos lábios e um ar de alívio na face. É pouco provável, mas possível que, azar dos azares, nos deparemos com aquele rogue deckbuilder que breakou o metagame e depresso nos encontramos a apanhar uma tareia descomunal, mas alguém bem mais inteligente do que eu já dizia: "quando partes para um ambiente desconhecido (Star Trek moment, xP), a estratégia aggro mais rápida é, normalmente, a mais eficaz". Eu elegiria RB como a estratégia aggro mais rápida (ok, sem contar com aqueles draws verdadeiramente absurdos que Allies pode atingir).
O segundo factor, esse, aborda já a controversa questão da skill.
Let's face it, este não é própriamente o deck mais skill intensive do t2 actual, mas, sendo honestos por um momento, nenhum de nós é um Márcio ou um Coimbra em ascensão. Há sempre vantagens e desvantagens em apostar neste tipo de skillless deck. Com RB não usufruis de tantas opções, tanta versatilidade e muito dificilmente consegues recuperar de uma losing board, mas penso que as vantagens superam excelsamente as desvantagens neste caso:
- Tempo - Com um deck RB é provável que acabes as tuas rondas mais cedo e tenhas tempo para descansar, beber um cafézinho, fumar 1 cigarro, ouvir uma bad beat story...tens tempo para conviver e repousar, tempo para ser feliz (Momento Floribell, xD) e um happy player tem grandes probabilidades de, no fim de torneio, tornar-se também num successful player.
- Stress - Jogando de RB, as decisões que irás ter de tomar ao longo do torneio serão relativamente simples e rápidas, algo que não aconteceria se a opção escolhida fosse algo como Grixis ou UW control e fosses forçado a tomar uma decisão do género: Faço Day of Judgement agora ou sou greedy e espero comprar a 7º land para o Martial Coup? Rondas longas e cheias de tricky decisions vão-te deixar demasiado esgotado para conseguires competir ao teu mais alto nível, principalmente quando cada vez mais te aproximares das últimas e decisivas rondas.
- Forgiveness - RB é um deck que pode ser descrito com um "forgiving deck", ou seja, quando cometes um erro, existe uma probabilidade ainda considerável das cartas que ainda te restam na mão ou o topo do teu deck poder ainda dar-te a vitória. Não desesperes se acabares por cometer um erro, recupera a calma e continua a jogar. Este deck consegue sobreviver a erros, mas evita-os a todo o custo.
E, por fim, sem mais demoras, a decklist que, após imensa teorização e testes, recomendo:
The RB Deck
Maindeck
4xArid Mesa
4xScalding Tarn
4xLavaclaw Reaches
4xDragonskull Summit
1xAkoum Refuge
1xSwamp
6xMountain
4xGoblin Guide
4xHellspark Elemental
4xGoblin Outlander
4xBall Lightning
4xHell's Thunder
4xLightning Bolt
4xBurst Lightning
4xSearing Blaze
4xBlightning
Sideboard:
4xGoblin Ruinblaster
3xDeathmark
3xDoom Blade
3xMalakir Bloodwitch
1xDuress
1xVeinfire Borderpost
Há escolhas óbvias, tanto em maindeck como em sideboard, mas há outras que não o são tanto:
- Goblin outlander - É uma 2/2 por 2 de mana que torna winnable os matchs que, outrora, considerarias impossíveis. Ataca pela Wall of Omens, bloquei um Knight of the Reliquary gigante, impede um Rhox War Monk de ganhar vida, retarda Allies e é imuna aos removal spells mais jogados em T2 (Path, O-ring, Journey...). Compra-te tempo e tempo é tudo o que precisas...bem, tempo e burn.
- 3 Deathmark e 3 Doom Blade - Funções semelhantes, costumava ser 1 split 4-2, mas Doom Blade é mais eficaz contra control e também mais versátil porque nunca se sabe...Doom Blade sempre destrói um Eldrazi.
- Malakir bloodwitch - Awesome "bicho"...Control, Mythic, Naya, WW, nenhum destes decks consegue lidar com ela eficientemente e os últimos são matchups em que precisas mesmo delas para conseguires encontar o caminho da vitória.
- One-ofs - Duress está lá para Control/Combo e é basicamente um random one-of para random decks que possam agora aparecer com ROE. O Veinfire Borderpost, esse, já é mais interessente. A razão pela qual uma carta tão pouco habitual habita neste sideboard é a necessidade que sentes, pós-sb, de precisar de ainda outra fonte de mana preta. O borderpost ganha ao swamp e ao akoum pelo facto de providenciar ambas as cores, é algo pelo qual podes pôr tanto por uma land como por um spell e, algo que poderá ser relevante...não é um alvo válido para o spreading seas...
É tudo por agora. Se vos interessa um guia de sideboard, comentem e é possível que o meu próximo artigo seja sobre esse mesmo tema. Se pretendem jogar com o deck já nestes regionais de sábado (o que recomendo) e querem ajuda com os planos de side, conselhos ou simplesmente trocar impressões, o mail do blog é patosdesintra@gmail.com e o meu mail é andre3m@sapo.pt...
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